Caldeiras são equipamentos amplamente utilizados para a geração de energia, consequentemente usam muito combustível (gerando custos elevados). Por isso, priorizar a eficiência energética em caldeiras é essencial na indústria.
Quando analisamos a eficiência energética em caldeiras, logo entendemos que ela nunca será de 100%, variando apenas entre uma média de 65% a 75%. Assim, quanto menor a eficiência, maior será o dinheiro perdido pela indústria e que, de fato, não gerou energia.
Dessa forma, todos os gestores e profissionais da área devem entender quais são os fatores que fazem com que o “dinheiro da indústria seja perdido pela chaminé”.
Mas quais são estes fatores? Confira nosso artigo de hoje e veja quais são.
65 a 75%: Bons resultados de eficiência energética em caldeiras
Como falado anteriormente, a média de 65 a 75% de eficiência energética em caldeiras é considerada normal e uma eficiência de 87% é excelente.
Porém, o sinal de atenção precisa ser aceso quando o rendimento da caldeira começa a cair. Isso obriga a adoção de correções imediatas para que o dinheiro não saia em forma de fumaça pela chaminé.
Essa queda no rendimento pode ser afetada por diversos motivos, tanto operacionais (mais importantes) quanto relacionados à ineficiência da manutenção e projeto.
Sendo assim, as empresas que usam caldeiras precisam ter um constante monitoramento de seus geradores de vapor, identificando os fatores que exercem influência, além das medidas para reduzir custos e aumentar a eficiência produtiva.
5 Fatores interferem a eficiência energética em caldeiras
Confira a seguir alguns dos fatores que mais interferem no máximo aproveitamento da combustão das caldeiras durante a geração do vapor. A partir deles é possível tomar medidas para chegar próximo à capacidade de uma caldeira de primeira linha.
1. Relação vapor produzido e volume de combustível
Nas caldeiras, a combustão exige certa quantidade de ar estequiométrica (ar teórico). Porém, há a necessidade de um percentual de excesso de ar para garantir que a combustão seja completa.
Porém, mudanças sazonais na temperatura e na pressão barométrica podem afetar o nível de excesso de ar, resultando em perda da eficiência energética em caldeiras.
Assim, excesso de ar não é desejável, pois diminui a eficiência da chama e aumenta as perdas de calor, diminuindo o comprimento da chama. Por outro lado, excesso de ar em baixa quantidade ocasiona combustão incompleta e formação de mais CO, fuligem e mais fumaça, diminuindo a eficiência da caldeira.
Por isso, a recomendação é sempre recomendável buscar um equilíbrio entre o alto e o baixo excesso de ar.
2. Percentual de purgas na caldeira
Em caldeiras, as purgas são indispensáveis para manter a concentração de sólidos dissolvidos na água dentro dos limites de controle, evitando a ocorrência de corrosão/arraste de água para o vapor.
Porém, o excesso de purgas eleva o desperdício de energia. Já seu déficit, causará incrustações, que também comprometem a eficiência.
3. Temperatura da água de alimentação
A água de alimentação é mais um fator que pode afetar a eficiência energética em caldeiras.
Assim, quanto mais fria estiver a água de alimentação, maior será o consumo de combustível. Por outro lado, quanto mais quente estiver essa água, menos combustível será consumido.
Ou seja, a temperatura da água de alimentação pode não influenciar diretamente na eficiência energética em caldeiras, mas exercerá efeito no seu consumo de combustível.
4. Poder calorífico do combustível (teor de umidade)
Em combustíveis, o poder calorífico é representado pela energia térmica que pode ser liberada por um combustível em relação a um estado de referência.
Neste contexto, um dos fatores que mais influenciam o poder calorífico dos combustíveis é seu teor de umidade. E a explicação é bastante simples.
Durante a queima do combustível que apresenta alto teor de umidade, parte da água será evaporada e isso demanda uma certa quantidade de energia. Naturalmente, a eficiência energética em caldeiras será reduzida.
Dessa forma, quanto maior a umidade, menor será a quantidade de energia fornecida pelo combustível e menor será a eficiência.
5. Má regulagem de queima da caldeira
Na indústria, um equipamento mal regulado tende a ter um resultado inferior. O mesmo ocorre com as caldeiras. Caldeiras mal reguladas não queimarão os combustíveis por completo, consequentemente geram muito CO e material particulado.
Vários são os motivos para essa ocorrência, como excessos ou faltas de oxigênio na câmara de combustão, velocidade de fluxo e temperaturas de queima erradas, mas todos eles relacionam-se à má regulagem das caldeiras.
Assim, nas indústrias, as avaliações e manutenções constantes são fundamentais. Isso garantirá a máxima eficiência energética em caldeiras e, consequentemente, redução dos custos na indústria.
Continue no blog da Burntech e veja outros conteúdos relacionados às caldeiras que você deve conhecer.
Conteúdo muito bom